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A irmã do meu melhor amigo.


A irmã do meu melhor amigo

Mais uma vez eu me via frente a frente com o meu inferno pessoal. Não que fosse um problema grande o meu, mas era o suficiente para me tirar o sono todo final de semana. E ficava cada vez pior, porque eu não podia pedir ajuda para ninguém, nem para o meu melhor amigo. Aquela garota fazia de propósito, só pelo prazer de me provocar. Ok, seria de propósito se ela soubesse da minha obsessão por ela.
Eu nunca contei que o meu sonho de consumo era ela por três motivos: eu tinha namorada, ela é irmã do meu melhor amigo e ela tem só 20 anos. Sim, 20, e eu estava comemorando meus 30. Não precisa me condenar, eu sei que a situação saiu do controle.

Just stay with me now. Say the word and we'll go.
I'll be your teacher. I'll show you the ropes..
You'll see a side of love you've never known.
I can see it going down, going down.

Nick’s point of view

Nós estávamos em uma boate em Las Vegas, na minha festa de aniversário e eu prestava atenção nela, só nela. Parecia que todo mundo lá tinha desaparecido, inclusive Anna, a minha namorada.
Apesar de ela ser menor de idade, eu tinha convidado ela para a festa, porque eu sou amigo do irmão dela há mais de 10 anos. Lógico que para ela poder entrar na TAO eu tive que dar um jeito com o dono e ela precisou de uma identidade falsa.
- Você não vem dançar, amor? – A voz de Anna falou perto do meu ouvido, enquanto a mão dela parava pela minha cintura e ela dava um beijo no meu pescoço. Puxei-a de frente para mim, para que ela não percebesse o que prendia a minha atenção e para eu poder olhar a irmã do meu amigo, meu objeto de desejo, mais conhecida como Ashley, dançar.
- Uhm, na-não, agora não! – eu sorri, tentando desviar o meu olhar para a minha namorada. Mas onde já se viu? Ela ficava dançando daquele jeito na minha frente e eu sentia as gotas de suor frio correrem no meu pescoço cada vez que ela sorria para aquela amiga dela que tinha vindo junto com a gente pra essa festa.
- Tem certeza amor? – a voz de Anna estava meio carregada, efeito de toda a bebida que ela já tinha consumido desde que nós havíamos chegado lá.
- Tenho! Eu vou terminar de beber isso e acabar com o meu cigarro e já vou lá! – eu sorri e a empurrei em direção às suas amigas – Vai se divertir! – Eu tinha que me livrar de Anna.
O vestido frente única, que terminava no meio daquelas coxas que me deixavam babando, balançava de um lado para o outro e eu tive que tomar toda a dose de whisky que estava na minha mão de uma vez só, para tentar acabar com o calor que subia pelo meu corpo. Mas eu tenho que admitir que não adiantou, por que depois das coxas a minha atenção ficou inteira naquelas mãos que corriam o corpo dela.
Aquela garota devia ter o diabo no corpo para dançar daquele jeito. Dei uma longa tragada no meu cigarro, enquanto o barman me trazia outra dose de whisky. Olhei para trás para checar: o irmão dela continuava em cima daquela garota que ele tinha visto quando nós chegamos e a minha namorada estava caindo de bêbada, dançando com as amigas, que também estavam bêbadas.
A não ser pelos outros convidados e pessoas que estavam na balada, ninguém veria e a minha barra não ficaria suja, caso eu tentasse alguma gracinha para cima dela. Okay, eu ia tentar.


Lógico que ninguém perceberia, de longe seria algo muito sutil. Pareceria dois amigos conversando. Cruzei a área VIP reservada para mim e me aproximei dela.
- Você não deveria beber tanto. O Chris pode achar ruim! – eu brinquei no ouvido dela.
- Você deveria cuidar da sua namorada que está quase entrando em coma alcoólico! – ela riu para mim e virou seu corpo de frente para o meu. Engoli seco. – Ela ta bem? – Ashley olhou para trás de mim.
- A Anna sempre ta bem, Ash! Ela ta acostumada. Agora você... – eu olhei para o copo na metade na mão dela e as bochechas já vermelhas. Ela estava começando a ficar bêbada e eu não teria outra oportunidade. Não gosto de pegar mulheres bêbadas. Elas sempre ficam mais fáceis.
- Ah Nick, nem vem, você sabe como eu sou. – ela riu e deu mais um gole na bebida.
- Ô se sei! – eu sorri e olhei mais de perto o corpo dela. Provavelmente ela não percebeu a minha checada, porque ela continuou a conversa normalmente, mas a amiga dela percebeu, porque eu vi aquela loirinha arregalar os olhos.
- Então! Agora me responde uma coisa, - ela chegou ainda mais perto, rindo e eu tive que ter muito controle – por que você ainda não está bêbado? – ela sorriu. Ashley não estava se insinuando. Aquele era o jeito dela e o que me fazia ter aqueles sonhos que me faziam acordar ofegante no meio da noite e ter que mentir para Anna, dizendo que eu sonhava com ela.
- Deixa eu te contar – Ok, seria agora. Eu estava rezando para ela não ficar brava comigo, porque se ela ficasse, eu ia arrumar uma dor de cabeça enorme. Meu problema se multiplicaria por três, porque a Anna brigaria comigo, o Chris não ia mais olhar na minha cara e eu ia continuar obcecado por ela. Eu me aproximei dela e curvei meu corpo para a minha boca ficar na altura do ouvido dela. – Eu não estou bêbado, porque eu pretendo cuidar de você depois que nós formos embora. – eu me endireitei e me afastei meio passo dela. Ashley me olhava sem ter o que dizer. A luz bateu no rosto dela e eu percebi que a pele dela estava branca. Ela tinha se assustado com a resposta e agora eu que estava assustado, mas mantive meu sorriso e disfarcei o nervosismo até ela arquear as sobrancelhas e dar um meio sorriso para mim.
- E você vai saber cuidar de mim, Nick? – eu posso jurar que a voz dela tinha mudado e ficado extremamente sexy, o olhar dela também e dessa vez eu não consegui me conter, passei o braço pela cintura dela e a puxei mais para perto.
- Eu vou cuidar de você e ainda te ensinar umas coisas. – eu ri quando senti ela tremer nos meus braços e tentar olhar por cima do meu ombro para ver onde o irmão dela e a minha namorada estavam.
- Acho que não, Nick. A Anna não ia gostar. – ela sorriu convencida. Tudo parte daquele jogo que eu sabia perfeitamente como jogar e assim que eu terminasse, Anna não seria mais um ‘problema’.
- Nem a Anna, nem o seu irmão vão perceber, Ash. Eu sei fazer as coisas de forma discreta. Agora, eu não me responsabilizo se você não conseguir. – eu pisquei e senti ela puxar minha nuca para mais perto, mas eu não podia beijar ela ali. Não no meio de todo mundo. Então, muito esperto, eu só dei um beijo na bochecha dela, que pegou no canto da sua boca. – Quando você quiser ir é só avisar. – eu TIVE que soltar ela, porque nós já estávamos começando a chamar a atenção e eu não queria uma cena. Ela percebeu, já que ela não ficou brava comigo e sorriu dando uma piscada para mim antes de se virar para a amiga.

Ashley’s point of view

Eu tenho que admitir que eu sempre tive uma queda por ele, mas quem nunca teve? Ele é o Nick Carter, dos Backstreet Boys. Tem aqueles olhos azuis, aquele sorriso safado e lindo ao mesmo tempo, a voz meio rouca, aquele jeito...E quem nunca sonhou em tem um caso com ele?
Tudo bem que é impossível, só que no meu caso tem alguns agravantes, ele é o melhor amigo do meu irmão mais velho, o Chris, me conhece há mais de dez anos, é dez anos mais velho que eu e namora com a melhor amiga do meu irmão, a Anna.

Eu estava na festa de aniversário dele. Ele resolveu me convidar, conversou com o dono da TAO, uma das maiores baladas de Las Vegas, e me arrumou uma identidade falsa, tudo isso porque ele fazia 30 anos e não queria deixar ninguém que ele gostava de fora da comemoração. E segundo o Chris, Nick era praticamente nosso irmão. Sim, irmão! Só se fosse para ele, mas eu não diria aquilo, meu irmão surtaria comigo.
O ponto é, eu estava lá na TAO, dançando com uma amiga minha que ele falou para eu convidar, nós estávamos nos divertindo, mas ainda não estava tão divertido assim. O pessoal estava todo bêbado, uma gritaria enorme, todo mundo puxando o saco do Nick, a Anna se pendurando nele o tempo inteiro e esfregando aqueles peitos cheios de silicone no braço dele...como se ele já não tivesse se divertido o bastante com aquilo ali.
Bom, resumindo, o ambiente não estava muito descente para quem estava sóbrio, então eu decidi beber alguma coisa, só pra começar a achar tudo aquilo mais divertido. E eu bebi. Bebi um Sex On The Beach, vodka com energético e estava no saquê quando eu ouvi aquela voz familiar.
- Você não deveria beber tanto. O Chris pode achar ruim! – Nickolas falou no meu ouvido e deu aquela risada gostosa que ele costumava dar e que me deixava toda arrepiada. Ele era meu carma. Um carma muito sexy, eu diria, mas ainda assim, um carma.
Me virei sorrindo para responder para ele. Era impossível não sorrir quando você olhava para a cara de pateta dele. Nickolas tinha esse ar meio criança, completamente sem noção que me fazia passar mal de rir quando ele ia em casa.
- Você deveria cuidar da sua namorada que está quase entrando em coma alcoólico! – Anna estava realmente bêbada, nunca tinha visto ela naquele estado. Ela dançava, ria e procurava ar para, com certeza, fazer passar o enjôo que ela devia estar sentindo por causa da bebida. – Ela ta bem? – Eu tentei enxergar por trás dele, mas era quase impossível, contando que eu tenho 1,60 e ele um e oitenta e muitos.
- A Anna sempre ta bem, Ash! Ela ta acostumada. Agora você... – eu percebi ele olhar meio desconfiado para o copo na minha mão e depois para o meu rosto. Eu estava meio vermelha, mas era de vergonha. Ter Nickolas tão perto, vestindo aquela camisa branca e calça preta, extremamente sexy, e aquele perfume maravilhoso me deixava meio encabulada, ainda mais por estar em uma balada com ele.
- Ah Nick, nem vem, você sabe como eu sou. – eu só consegui dar risada e mais um gole na bebida tentando parecer o menos patética possível perto dele. Nickolas não era um homem muito cavalheiro. Eu o conhecia e sabia como ele zuava as suas presas depois de caçá-las. Não que ele tivesse me caçando, porque eu duvidava que ele faria isso COMIGO, na frente do MEU IRMÃO, perto da NAMORADA DELE, e para um MONTE DE GENTE VER.
- Ô se sei! – ele sorriu e eu pensei que a bebida estivesse mesmo fazendo efeito, porque eu tive a impressão de que ele me deu uma checada, mas achei melhor abstrair aquela “percepção” minha, já que eu já tinha tomado algumas coisas e eu sou relativamente fraca para bebida.
- Então! Agora me responde uma coisa, - eu cheguei mais perto dele, porque era impossível conversar com toda aquela música – por que você ainda não está bêbado? – eu tive que tirar com a cara dele. Nickolas ficava bêbado até em festa infantil. Ele conseguia esse feito. Pode perguntar para o Brian, com certeza ele vai ter algumas boas histórias sobre o Nick bêbado nas festinhas do Baylee.
- Deixa eu te contar – ele disse aquilo e eu percebi o olhar dele mudar. De novo aquele olhar que ele tinha me dado quando eu achei que ele tinha me dado uma checada aparecia. E, se eu não sabia se eu estava bêbada, agora eu tinha certeza. Ele se aproximou de mim e curvou o seu corpo para ficar com a boca na altura do meu ouvido. Eu fiquei imóvel, tentando controlar o impulso de agarrá-lo pela nuca e tascar-lhe um beijo na frente de todo mundo. – Eu não estou bêbado, porque eu pretendo cuidar de você depois que nós formos embora. – Sim, ele tinha me dito aquilo. Eu podia estar bêbada, mas tinha certeza que não tinha tomado nenhum alucinógeno. O que será que eles colocavam naquelas bebidas, afinal? Eu vi ele se endireitar e dar meio passo para trás. Eu PRECISAVA falar alguma coisa para ele. Alguma coisa que mostrasse o meu interesse, mas nada saia da minha boca.
Nada saia até aquele sorriso meio bobo que eu tive que me esforçar para transformá-lo num sorriso sexy, assim que eu recuperei a minha sanidade. Agora que eu estava controlada, que meu êxtase mental tinha passado, eu pude falar o que me veio na cabeça.
- E você vai saber cuidar de mim, Nick? – eu juro que a minha intenção não era dizer algo tão pervertido, mas eu avisei que eu tinha dito a primeira coisa que tinha vindo na minha cabeça. E dada a situação, até que foi algo bem leve.
Mas eu não tenho certeza do que aconteceu para ele passar o braço pela minha cintura e me puxar para mais perto dele, acabando completamente com o espaço entre nós e fazendo com que uma de suas pernas ficasse entre as minhas. De novo ele estava falando no meu ouvido, perto demais do meu pescoço.
- Eu vou cuidar de você e ainda te ensinar umas coisas. – eu tremi. Sim, eu tremi e posso afirmar que não poderia ter feito coisa mais patética nos meus 20 anos de vida. Mas fingi que nada tinha acontecido e continuei.
- Acho que não, Nick. A Anna não ia gostar. – Eu sorri. Sim, se ele pensava que eu ia ser a babaquinha apaixonada que ele usaria naquela noite ele estava... muito certo, mas ele não precisava saber disso, não é? Pelo menos não da parte do apaixonada.
- Nem a Anna, nem o seu irmão vão perceber, Ash. Eu sei fazer as coisas de forma discreta. Agora, eu não me responsabilizo se você não conseguir. – Ele piscou para mim e uma reação química aconteceu no meu corpo. Essa é a única explicação para o que eu fiz. Eu puxei a nuca dele para dar um beijo nele no meio de todo mundo e ele ficou sem graça. Lógico que ele não me beijou, até porque meu irmão e a namorada dele estavam lá, fora todas aquelas pessoas que sabiam quem ele era. – Quando você quiser ir é só avisar. – Ah sim, antes dele dizer isso, ele me deu um beijo no canto da boca, que me deixou ainda mais mole nos braços dele.           Mas ele me soltou e o que me restou fazer foi sorrir e piscar para ele antes de me virar para a minha amiga para avisá-la que nós estávamos indo embora.

Nick’s point of view

                Demorou mais ou menos vinte minutos, o que para mim pareceu uma eternidade, até ela vir falar comigo. Ashley veio andando na minha direção, com aquele vestido que eu teria o maior prazer de tirar e com aquela cara de inocente, que eu descobri que ela sabia fazer perfeitamente bem.
                Eu estava conversando com o irmão dela quando ela se juntou a nós, colocando um braço em volta da minha cintura, como ela costumava fazer, e olhando para Chris com cara de dó.
                - Meninos, eu acho que eu quero ir embora. – a voz dela estava carregada de cansaço. Essa era a minha garota, sabia fingir perfeitamente bem. – Cadê a Anna, Nick? – ela agia exatamente como nós estávamos acostumados, mas eu tive certeza que a segunda pergunta só foi para checar se eu estava mesmo falando a verdade há alguns minutos atrás.
                - A Anna passou mal e nós tivemos que mandar ela de volta para o hotel, mas ela vai ficar bem! – eu ri olhando para Chris, que riu comigo. – Acho que nós já podemos ir, afinal só tem nós quatro aqui! – eu concordei com ela, mal me contento de ansiedade. Eu queria chegar logo ao hotel, inventar qualquer desculpa para ocupar outra suíte e depois levá-la para lá. Chris não se opôs, nós chamamos a amiga dela e voltamos para o hotel.

                No hotel tudo aconteceu muito rápido. Chris foi para o quarto, eu fui para o meu e as garotas para o delas. Quando eu tive certeza de que não havia mais ninguém no corredor, eu desci na recepção para pedir mais um quarto.
                - Oi! – eu olhei para os lados, para me certificar de que não havia ninguém conhecido ali.
                - Olá, senhor Carter! Algum problema? – a recepcionista sorria forçado para mim. Ninguém gosta de ter que trabalhar de madrugada.
                - Não, não! Nenhum! Eu só preciso de outro quarto! – eu sorri ansioso. Queria sair logo dali.
                - Precisa ser perto do quarto do senhor?
                - Não, não precisa não! – eu poderia falar que, de preferência, dois andares acima ou abaixo, não sabia se Ashley era escandalosa, mas com certeza, seu eu fizesse aquele pedido a recepcionista ficaria desconfiada.
                - Senhor Carter, o seu quarto é o 1090. – ela me estendeu o cartão e eu peguei sorrindo. Estava excelente. O quarto era no mesmo andar, só que em outro corredor. Subi, passei no meu quarto, peguei meu celular e mandei uma mensagem para a Ashley, pedindo para ela me encontrar no quarto reservado.           
                Antes de sair dei uma olhada para me certificar que Anna estava dormindo como uma pedra e só acordaria muito tarde, assim eu poderia aproveitar meu sonho de consumo por um bom tempo.
                Saí com cuidado e andei rápido até o outro lado do andar, satisfeito por não ter encontrado ninguém no caminho. Abri a porta do quarto, entrei, e fui checar se estava tudo em ordem. Abri o frigobar e vi uma garrafa de champagne, uma de vinho e algumas outras bebidas. Com certeza abriria uma delas para comemorar o resto de aniversário. Estava entretido com as bebidas no frigobar quando ela bateu na porta do quarto. Antes de atender chequei no espelho meu cabelo.
                - Oi! – eu sorri e engoli seco ao vê-la sorrindo, parada na porta. Ela ainda vestia o mesmo vestido preto, que terminava no meio das coxas e tinha um decote que deixava a mostra boa parte dos seios. – Entra!
                - Obrigada! – ela passou por mim e eu senti aquele perfume gostoso que ela sempre usava. Dei mais uma checada nela enquanto ela entrava no quarto e aquele calor já começou a subir.
                - Quer beber alguma coisa? Eu tenho champagne aí! – eu fechei a porta do quarto e a segui. Ashley estava em pé, encostada em uma mesa ao lado da sacada, olhando para mim.
                - Champagne está ótimo para mim. Ainda é seu aniversário e temos que comemorar! – ela piscou e eu me perguntei quando ela tinha aprendido a ser daquele jeito. Abri a garrafa, coloquei um pouco em duas taças e andei até ela para entregá-la uma. Ashley deu um gole e sorriu para mim.
                - Ao meu aniversário. – nós batemos nossas taças.
                - Aos seus 30! – ela passou a língua pelos lábios antes de dar outro gole na bebida. Eu dei um na minha e me aproximei ainda mais dela. Ashley parecia bem confortável com a situação.
                - Gostou da minha festinha? – eu dei risada
                - Achei meio parada! – ela deu de ombros e eu dei um passo para frente para encostar nossos corpos. Uma faísca de eletricidade percorreu nossas espinhas, porque nós dois nos arrepiamos só com aquele contato bobo. Coloquei a minha perna no meio das dela e nossas taças de champagne em cima da mesa. Minha boca estava muito perto da dela.
                - Eu posso dar um jeito nisso se você quiser. – eu olhava nos olhos de Ashley e ela parecia me encarar, como se duvidasse que eu estava mesmo disposto a fazer aquilo com ela. – Você quer? – eu abaixei meu rosto, dei um beijo no pescoço dela e minhas mãos se apoiaram na mesa, ao lado do corpo dela, deixando-a encurralada. Respirei fundo, perto do seu pescoço só para sentir aquele perfume que estava impregnado no quarto. E sorri, quieto, quando ela respondeu deixando a voz falhar.
                - Quero! – desviei meu rosto, para olhar o dela e sorri satisfeito com a resposta. O olhar de Ashley era inocente, o mesmo que ela deu na TAO, diferente do que ela me deu quando entrou no quarto. E para ser sincero, eu preferia aquele. Não que o olhar sexy que ela me dava não me agradasse, MUITO pelo contrário, mas aquele não era tão Ashley quando esse que ela costumava me dar. E, sinceramente, parte do meu fetiche era acreditar que ela era uma menina inocente. Sabe aquela história, eu era o cara experiente que levava a menina inocente para o mau caminho e blá blá blá...
                - Ótimo! – eu sorri e a segurei pela cintura. Os braços dela rodearam o meu pescoço e minha boca encostou-se à dela. Ashley segurou o meu cabelo com uma mão, quando sentiu minha língua encostar na dela. Uma das minhas mãos desceu pela lateral do corpo dela até a sua perna e subiu por dentro do vestido que ela usava, até a lateral fina da sua calcinha. Fiz com o polegar, o mesmo desenho que o pano fazia na pele dela, imaginando como seria vê-la só com aquilo. Sorri mentalmente.
                Eu estava perdido nos meus pensamentos, enquanto a beijava, quando senti Ashley sugar meu lábio inferior e me puxar mais para perto do seu corpo. Por causa do fato inesperado, eu gemi. Afinal, Ashley era inocente, mas não tanto quanto eu pensava. Como castigo por ter-me feito passar ridículo na frente dela, eu subi mais minha mão que estava dentro do vestido, alcançando um dos seus seios. Sem nenhum pudor apertei seu mamilo esquerdo. Ela separou o beijo e jogou a cabeça para trás para soltar um longo gemido, enquanto eu sorria satisfeito. Agora estávamos quites.

Ashley’s point of view

                Nickolas apertou o meu mamilo esquerdo e eu senti uma onda de calor invadir meu corpo e me sacudir. Eu sabia que Nickolas era o maior comedor dos Estados Unidos. Talvez só perdesse para o Hugh Hefner e para o Bill Clinton. Mas ainda assim, não esperava aquilo dele. Pelo menos não comigo. Eu imaginava que ele pegaria mais leve, afinal, eu sou a irmã mais nova do melhor amigo dele.
                A minha cabeça foi jogada para trás e um gemido saiu da minha boca, me deixando sem fôlego. Quando voltei à posição normal fui surpreendida por Nick me dando um dos sorrisos mais safados que eu já vi na vida. A mão dele escorregou pelo meu corpo, para fora do meu vestido e subiu de novo até a minha cintura, para me agarrar com força e me beijar. A boca dele grudou na minha e a língua dele começou a brincar com a minha.
                Eu não podia ver, mas sabia que ele sorria, quando a boca dele passeava pelo meu maxilar, descendo pelo meu pescoço, ombros até meu colo, deixando um caminho quente por onde passava. Eu ofegava cada vez que a língua dele tocava na minha pele. Estava completamente entregue à ele. Minha boca também passeava pelo rosto, pescoço e orelha, enquanto as minhas mãos desabotoavam cada botão da camisa branca que ele usava de forma lenta. Ainda estávamos encostados naquela mesa ao lado da janela, e as mãos dele subiam pelos meus braços e pescoço. Uma de suas mãos tocou meu rosto, enquanto a outra segurou meus cabelos, puxando-os levemente para trás, deixando meu pescoço ainda mais exposto para ele.
                Nickolas afastou o rosto do meu pescoço, dando aquele sorriso torto, típico dele, e como dedo indicador traçou o contorno dos meus lábios. Minhas mãos seguravam a nuca e os cabelos loiros dele, quando ele colocou o dedo na minha boca. Eu sabia que ele gostava de uma sacanagem, de um sexo sujo, mas eu não tinha experiência com aquele tipo de sexo. Eu tive minhas relações, mas sempre com meus namorados, que me tratavam com muito cuidado. Aquela seria uma experiência nova, que eu queria ter há muito tempo, então eu chupei o dedo dele.
                Eu vi os olhos azuis e brilhantes dele se fecharem e ele sorrir com tanto prazer, que parecia que eu estava fazendo sexo oral nele. Eu sorri, satisfeita por estar agradando. Nickolas abriu os olhos e puxou levemente o dedo da minha boca, deixando que ele escorregasse pelo meu queixo, pescoço e colo. Ele olhava atento os nossos movimentos, quando me puxou, grudando nossos corpos mais uma vez. O movimento dele me afastou da mesa e me grudou na parede, onde ele pode soltar todo o peso do corpo sobre o meu e eu senti que ele já estava pronto.
                Nick voltou a beijar meu pescoço e eu aproveitei para correr minhas mãos da nuca para a parte de trás dos ombros dele, depois a da frente e então colocá-las dentro da camisa que ele usava, já devidamente aberta por mim, para escorrê-la pelos braços dele e vê-la cair no chão encarpetado do quarto do hotel. Elas subiram pelos braços dele e voltaram para o peitoral, onde desceram até o abdômen para subir mais uma vez e agarrá-lo pelo ombro e tascar um beijo naquela boca que não parava de sorrir para mim.
                Eu ainda aproveitava o gosto de álcool, cigarro e chiclete de menta que a boca dele tinha, quando senti ele virar meu corpo e andar colado em mim até minhas pernas baterem em algo que eu identifiquei como sendo a cama. Esperei sentir minhas costas baterem no colchão, mas ao invés disso vi ele se afastar de mim e sentar-se na cama, olhando para mim com cara de criança que tinha acabado de aprontar, e tirou os sapatos.
                Ele me puxou pela barra do meu vestido e me fez sentar em seu colo, um de frente para o outro. Nickolas me segurou pelo quadril e nos levou até o meio da cama. Sorrindo ele me deu um beijo e me fez sentar nos lençóis.
                Ficamos sentados um de frente para o outro, com as pernas entrelaçadas, só para podermos nos olhar e decorar cada parte dos nossos corpos. As mãos dele corriam pelas minhas pernas, desde os pés até a metade da coxa. Ele tirou meus sapatos e beijou meu pé esquerdo, subindo pela minha perna até chegar atrás do meu joelho, quando ele me puxou para sentar em seu colo mais uma vez.
                Nossas bocas se encontraram, enquanto nossas mãos passeavam pelos nossos corpos. Nickolas subiu as dele pela lateral do meu corpo, até chegar ao laço que amarrava a parte de cima do meu vestido, para soltar o nó, enquanto beijava meu ombro. Assim que a parte da frente escorregou e meus seios ficaram a mostra, senti as mãos deles os agarrarem e apertarem. Outro gemido saiu de minha boca e minha cabeça foi para trás. Nick aproveitou para beijar meu queixo.
                Apoiei as minhas mãos nos joelhos dele e inclinei meu corpo para trás, quando ele começou a descer pelo meu pescoço e colo até meu seio direito. A língua dele tocou meu mamilo e eu agarrei com força as suas costas, pressionando o meu corpo contra o dele.

                Nick’s point of view

                Eu fiquei louco quando ela me agarrou e deixou um gemido escapar no pé do meu ouvido. Fiz o caminho de volta pelo colo, pescoço até achar a boca dela para dar mais um beijo. Ashley sorriu para mim quando eu, gentilmente, a tirei do meu colo e a coloquei deitada de bruço na cama.
                Fiquei um tempo admirando a garota deitada, com o vestido na cintura, as costas nuas e os longos cabelos castanhos esparramados no travesseiro. Debrucei-me sobre o corpo dela e dei um beijo em sua bochecha, para descer para o pescoço, ombros, até o meio das costas. Agarrei o vestido dela e lentamente puxei para baixo, até ele sair pelo pé dela.
                Voltei para onde estava com as minhas mãos traçando um caminho pelo corpo dela até seus ombros. A pele dela era macia, lisa e cheirosa. A respiração de Ashley era ofegante, com se ela tivesse corrido uma maratona inteira. Soltei meu corpo em cima dela e beijei a sua orelha, enquanto minha mão direita descia até o quadril dela e apalpava a sua bunda.
                - Eu disse que eu ia te ensinar umas coisas. – eu disse rouco no pé do ouvido dela quando ela gemeu com o meu toque. Provavelmente ela nunca tinha sido tocada daquela maneira, o que me deixava pensando que tipo de namorado tinha sido aqueles dois babacas que ela tinha tido.
                Eu não obtive resposta dela, pelo menos não verbal. Ashley se mexeu em baixo do meu corpo, me dando a entender que ela estava mais que pronta para nós começarmos, de fato, a diversão. Eu tirei meu cinto e joguei longe. Logo depois foi a vez de desabotoar a minha calça e puxá-la para baixo. Ashley assistia à tudo quieta e com um sorriso no rosto. Com certeza ela estava esperando aquilo há tanto tempo quanto eu.
                Deitei-me mais uma vez sobre ela, e as minhas mãos subiram pelo corpo dela até encontrar com as dela. Eu as segurei e as coloquei em cima da cabeça da irmã mais nova do meu melhor amigo. Eu beijei o pescoço dela e ela jogou a cabeça para trás procurando a minha boca. Ah sim, esqueci de comentar: o beijo de Ashley me deixava sem fôlego. Ela achava um jeito de me deixar sem respirar, ou melhor, eu esquecia de respirar quando sentia a língua dela em qualquer parte do meu corpo. Anna nunca tinha conseguido isso. Ninguém tinha conseguido isso.
                O fato é que eu nunca senti tanto tesão como eu sentia por Ashley, por ninguém. Eu ouvia a voz dela e tinha que esconder a minha ereção de Chris. Era patético, mas era assim que acontecia. Eu esperava que com aquela noite as coisas melhorassem. Elas tinham que melhorar, senão eu me meteria em uma enorme encrenca com o meu melhor amigo.
                Nossos corpos se moviam da mesma maneira e era algo involuntário. Achei melhor acabar com toda aquela tortura e nos livrar das nossas últimas peças de roupa. Eu puxei a calcinha de Ashley para baixo e fiz o mesmo com a minha cueca. Quando finalmente nossos corpos nus se tocaram, nós dois gememos alto. Foi como se uma descarga elétrica 10 mil vezes maior que a primeira sacudisse e eletrizasse cada milímetro do meu corpo.
                Nós estávamos fazendo tudo aquilo com muita calma, mas eu já não conseguia mais agüentar precisava dela em mim. Precisava sentir ela por dentro, ver se era tão boa quanto eu imaginava que era.

Some dudes know all the right things to say.
When it comes down to it, its just a game.
Instead of talking let me demonstrate. Yeah.
Get down to business lets skip foreplay.

Ashley olhou para trás, eu lhe dei um beijo na bochecha. Foi completamente
impulsivo, não sei de onde veio aquele ato carinhoso, eu não costumava ser carinhoso daquele jeito com as mulheres na hora do sexo, mas eu não conseguia não ser com ela.
                Acomodei-me de um jeito que ficasse mais fácil para me colocar dentro dela e puxei os longos cabelos castanhos, já suados, mas ainda cheirosos para o lado para poder lhe dar um beijo no pescoço. Ela gemeu com aquele carinho e eu gemi em reação à ela. Suas mãos continuavam acima da sua cabeça, e eu coloquei as minhas por cima das dela, como se quisesse segurá-la ali.
                Ashley jogou a cabeça para trás, encostando-a no meu ombro, quando me sentiu penetrá-la.
                - Nickolas... – ela disse com a voz rouca, e procurou pela minha boca, enquanto nos movíamos em sincronia para frente e para trás. Uma das minhas mãos desceu pelo braço dela até seu seio e o apertou. Ela dobrou uma perna para facilitar para mim. A outra mão também deixou o braço dela e desceu pela lateral do seu corpo em direção à coxa. Eu apertei a coxa com força, não para machucar, mas para sentir a pele macia e quente dela.
                A meia luz do quarto ajudava no clima e o jeito que ela gemia meu nome, me deixava louco. Eu não conseguia pensar em nada, além de fazê-la falar meu nome cada vez mais.
                Dei um beijo na boca dela e me sentei na cama, virando-a com as costas no colchão. Sorri para ela, vendo-a vir engatinhando em minha direção, para sentar-se no meu colo. Ela encaixou-se perfeitamente em mim. Ashley era apertada e quente, provavelmente não tivera muitas outras experiências antes de mim, e por isso eu estava ali. Para matar a minha vontade e para mostrar para ela que não tem ninguém melhor que eu.
                Ela passou os braços por cima dos meus ombros e os entrelaçou na minha nuca, segurando meus cabelos com as mãos, enquanto descia, para terminar de se encaixar em mim.
               
In my head, I see you all over me.
In my head, you fulfill my fantasy.
You’ll be screaming more.
In my head, it’s going down
.

Ashley mordeu meu ombro, quando me sentiu inteiro dentro dela. Eu também tive
que me segurar quando a ouvi gemer no pé do meu ouvido, mais uma vez. Joguei minha cabeça para trás, me segurando para agüentar mais um pouco, até ter certeza de que ela já tinha tido o bastante de mim e isso seria quando ela gozasse.
                - Vai Ash, rebola pra mim. – eu mordi o lábio inferior dela quando as minhas mãos foram direto para a sua cintura para auxiliá-la no movimento circular dos quadris. Eu gostava de olhar o rosto suado dela e as maçãs do rosto vermelhas. Os olhos dela brilhavam, as gotas de suor escorriam por entre os seios dela, o peito dela subia e descia rapidamente resultado da respiração ofegante.
                Ela jogou as mãos para trás e se apoiou no meu joelho, seus seios saltaram na minha direção e eu observei outra gota de suor correr entre os seios, depois pela barriga lisa dela e desaparecer onde nossos corpos se juntavam. O quadril dela mexia rápido e eu acompanhava o ritmo, subi meu olhar para o rosto dela e ela sorria com um prazer estampado no rosto.
                Minhas mãos saíram da cintura dela, direto para o seio esquerdo e para a nuca. Enquanto meu dedão massageava o mamilo dela, a mão que estava na nuca a segurava firme, dando apoio, caso os braços falhassem. Quando minha língua tocou o outro mamilo de Ashley foi como se aquele choque nos atingisse de novo. Mas dessa vez um de cada vez.
                - NICKOLAS! – saiu da garganta dela uma mistura de grito com gemido, quando as mãos dela voaram para meus ombros e arranharam as minhas costas. Levantei meu rosto para vê-la gozar.
                Ashley tremia e ofegava, a respiração estava entrecortada e o suor corria pelo rosto dela, mas ela tinha um sorriso de satisfação nos lábios. Aquela cena era melhor que qualquer fantasia que eu já tive com ela. O jeito que ela fazia sexo comigo era melhor do que em qualquer sonho ou devaneios e vê-la morder o lábio inferior e fechar os olhos, curtindo o orgasmo que ela tinha acabado de ter foi o suficiente para eu ter o meu.
                - Oh Ashley! – eu disse sentindo aquela pressão no abdômen e meu corpo de contrair todo. Eu a agarrei mais forte e coloquei meu rosto entre seus seios. Ela segurou meus cabelos e me esperou. Meu corpo tremia e eu posso jurar que nunca tive um orgasmo tão intenso como aquele que eu tive com ela.
                Quando meu corpo finalmente relaxou, eu levantei meu rosto e com as duas mãos segurei o dela para trazê-la para um beijo doce. Eu queria sentir mais uma vez o gosto de chiclete de morango que beijo dela tinha e como a boca dela era gostosa. Ela fazia carinho nos meus cabelos, enquanto nos beijávamos e assim que nos afastamos, eu me deitei na cama, fazendo-a se deitar sobre mim.
                Meus dedos corriam pelas costas nuas dela, desde o ombro até o cóquis e depois faziam o caminho de volta. Nós ficamos naquela posição até nossas respirações voltarem ao normal. Ashley suspirou no meu peito e eu abaixei a visão para poder olhá-la e constatar que ela tinha adormecido nua, em cima de mim, com uma mão no meu peito e a outra na minha cintura. A expressão de tranqüilidade e felicidade estampada no rosto dela fez meu coração disparar e eu suei frio. Procurei me acalmar e dei um beijo na testa dela. Ashley se aninhou em mim e eu a deixei dormir por mais algum tempo.

Eu gosto da minha namorada, de verdade, mas fazia tempo que eu queria passar uma noite com a Ashley. E não pensem vocês que a minha vontade era só pela conquista, porque depois que eu saí daquele quarto de hotel, ficou claro pra mim que aquela garota também tem um lugar em mim. E esse lugar fica bem ao lado do da minha namorada. Até hoje Ashley faz meu coração disparar, e eu informo à vocês que foi engano meu ter pensado que quando nós dormíssemos juntos as minhas fantasias com ela passariam.
Pouco mais de três meses depois do ocorrido, eu ainda sonho com ela e ainda espero uma chance de encontrá-la de novo, em algum lugar, longe do Chris e da Anna, para poder realizar mais uma vez as minhas fantasias com ela.

Ashley’s point of view

                Eu acordei nua, com Nick passando a mão pelos meus cabelos e me chamando. Assim que abri os olhos lembrei o que tinha acontecido e um sorriso de satisfação veio em meus lábios. Olhei para cima para ver o mesmo sorriso no rosto dele.
                Os olhos azuis brilhavam e as bochechas ainda estavam vermelhas. Ele olhava fixamente para os meus olhos, quando abaixou o rosto para acertar um beijo nos meus lábios.
                - São oito da manhã, Ash. Acho melhor nós voltarmos antes que eles sintam nossa falta. – ele disse enquanto eu me apoiava no seu peito para poder olhá-lo melhor.
                - Hum, tudo bem. – sorri forçadamente, porque eu não queria sair dali. Queria ficar deitada nele o dia todo ter outra experiência como aquela que nós tínhamos acabado de ter, mas eu sabia que não dava. Nickolas tinha namorada, viagens internacionais e os Backstreet Boys, enquanto eu tinha meu irmão, a faculdade e meu trabalho aqui.
                Me arrumei, enquanto assistia ele colocar a roupa. Ele pegou as coisas dele e nós saímos do quarto. Esperei ele fechar a porta e se virar para mim.
                - Eu sei que vai ser clichê, mas a noite foi muito boa! – ele disse com aquele jeito bobão dele, passando a mão pelos cabelos loiros. Eu ri.
                - Eu sei que foi Nick! – ele sorriu e se aproximou para me dar mais um beijo. A língua dele entrou na minha boca e as mãos dele me agarraram pela cintura. Aquele beijo dele me tirava o fôlego e me acendia, mas eu tive que soltá-lo, quando o abraço dele afrouxou.
                Andamos em silêncio pelo corredor, tentando fazer o mínimo de barulho possível, para ninguém acordar. O quarto dele ficava de frente para o meu, e antes de entrarmos, um olhou sorrindo para o outro. Aquele sorriso e olhar cúmplice, de quem sabia que o outro guardaria aquele segredo.

                Três meses se passaram e eu ainda recebo umas mensagens engraçadinhas dele no meu celular. Nós estamos esperando alguma boa oportunidade para nos encontrarmos sem a Anna ou o Chris por perto, afinal, nós queremos repetir a dose.
                Eu sempre me derreti por ele e não importa se ele namora ou se eu tenho namorado. A relação entre nós dois sempre vai existir. Nós podemos não ficar juntos, mas nunca vamos ficar separados.



THE END.