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Ex Factor-

                                                   Ex-Factor


                                   Autora: Thaty Carter/ Nick Carter./Em Andamento.

                                                   Capitulo 01


E lá estava ele, de novo, sentado naquele canto escuro, com um copo e uma garrafa de cerveja vendo aquela garota cantar aquela música triste, com aquela voz linda e tristeza nos olhos.
Aquela rotina que começara a dois meses e cinco dias atrás ainda não havia lhe cansado, e dificilmente lhe cansaria. Ele adorava vê-la cantar, porém cada nota que antes lhe trazia alegria, agora lhe traz uma dor imensa, que seria impossível de explicar se ele quisesse o fazer. E quando ela começava a cantar, a sua história voltava a sua cabeça e o fazia lembrar de como foi egoísta e como a decepcionara. Então lágrimas rolavam dos seus olhos e a vontade de fazer tudo diferente para ainda poder estar com ela aparecia. Ele a amava, mas não soubera demonstrar, e agora que tinha que viver sem ela, a sua vida perdera o sentido, e ele já não era mais o mesmo. Cada verso o fazia lembrar do porque que ele estava lá, escondido daquele jeito.

It could all be so simple
but you'd rather make it hard
loving you is like a battle
and we both end up with scars.

Ela entrou em casa e o viu sentado ao lado de uma loira, a principio não ligou, devia ser a irmã dele, afinal, ela havia mudado o cabelo, agora estava loira, mas quando ela olhou para o outro sofá estavam sentados a irmã dele com o namorado, todos rindo e parecendo se divertir.
• Oi Nick! – ela falou seca atrás dele
• Oi Angy! – ele disse tirando a mão do ombro da garota e se virando para ela – essa aqui é Katie uma amiga da família que mora em N.Y! – ele disse se levantando e dando um beijo em Angel
• Oi Katie. Oi BJ, oi Mike – ela deu oi para todos, foi para a cozinha guardar a janta que ela havia comprado para Nick, e sem falar uma palavra passou pela sala e foi para o quarto. Não tinha que aturar aquilo, do quarto ela ouvia a voz de Nick e as suas gargalhadas. O choro que ela tentava segurar foi mais forte, ela se virou de lado, e chorando adormeceu

...Nick entrou no quarto fazendo um pouco de barulho, mas o suficiente para acordar Angel. Ela olhou no relógio, já eram cinco da manhã, ela se virou e ficou vendo Nick tirar a roupa e olhar para ela...
• O que você quer!? – ele falou seco com ela
• Nada. O barulho me acordou e eu me virei pra ver quem era. Só.
• Você sabe que não é disso que eu to falando.
• Não. Não sei.
• Você precisava ser tão mal educada?!
• Não fui mal educada. Só achei que por vocês serem amigos de infância, queriam colocar o assunto em dia. Sem ninguém pra atrapalhar. – ela se sentou na cama pressentindo o que estaria por vir.
• Você não precisava ficar lá, mas passar por todos nós sem falar nada foi muita falta de respeito.
• Pra mim falta de respeito é você ficar abraçando outra do jeito que você estava no lugar aonde você vive com a sua namorada. – ela parou de olhar para ele e começou a olhar para frente
• Já te falei que ela é uma amiga! – ele se alterou
• Igual a todas as outras amigas que eu tive que perdoar! – Nick amava a namorada, mas tinha vezes que não se controlava, e a falta de auto controle somada com o excesso de bebida alcoólica o faziam fazer coisas que ele sabia que iria se arrepender depois. Jane, mãe de Nick, sempre intercedia pelo filho, ela sabia o quanto ele amava Angel, e sabia que Angel também amava Nick. O respeito e a admiração que Angel tinha por Jane sempre faziam com que ela escutasse-a e então ela acabava por perdoar Nick.
• Você sempre joga isso na minha cara né?! Acho que você deve adorar o fato de que eu vivo cometendo erros!
• Não adoro Nick! – ela olhou para ele parecendo não acreditar nas palavras que tinham saído da boca dele
• Então por que você sempre tem que lembrar?!
• Porque cada erro seu me machuca – ela começou a chorar, ele se acalmou e se sentou ao lado dela – você não sabe como é difícil amar uma pessoa que não sente o mesmo!
• Eu te amo!
• Não parece! Você sempre ta caindo nas suas bebedeiras, saindo com as suas colegas, me fazendo agüentar todas as brincadeiras dos seus novos amigos...mas quando eu quero sair com os meus amigos você acha ruim, a gente briga, e para não te magoar e nem pra te desapontar eu acabo ficando.
• Eu nunca achei ruim!
• Nunca?! – ela olhou para ele incrédula
• Nunca!
• É, nunca! Eu que devo estar enganada! – ela riu irônica, se virou de lado e deitou – é melhor você dormir, você já não está raciocinando bem.
• Você também! Amanhã a gente conversa!
• Não vai precisar.
• Então não vai precisar.

...na manhã seguinte Angy estava fazendo o café quando Nick apareceu na cozinha, ainda com a cara amassada de sono. Deus, como ela amava o jeito que ele acordava de manhã, como ela amava cada pedaço dele.
• Bom dia meu amor! – ela sorriu e foi dar um beijo nele
• Bom dia.
• Dormiu bem?! – ela, mais uma vez, estava disposta a esquecer a briga que eles tiveram. O amava demais para perdê-lo, e achava engraçado o fato de, sempre falar que nunca perdoaria uma traição, que jamais deixaria homem algum falar o que ela deveria fazer e como ela deveria fazer, mas Nick tinha esse poder sobre ela. O amor que ela sentia por ele, e o medo que ela tinha de perdê-lo eram tão grandes que ela acabara mudando os seus pensamentos. Agora ela entendia quando a irmã dela falava que quando ela achasse o amor verdadeiro, nada disso mais importaria, ela perdoaria e entenderia todos os defeitos da outra pessoa
• Não. E você?!
• Não também. – o silencio tomou conta da casa – eu fiz panquecas! – ela sorriu
• Brigado. – ele disse sem desviar a atenção do jornal. Angel foi para o quarto se trocou e voltou para a cozinha. – aonde você vai?!
• No shopping, com umas amigas.
• Eu conheço elas?! – ele levantou os olhos para olhá-la
• Não, acho que não. São da faculdade. A gente vai ir comprar umas roupas. – Nick levantou a cabeça e fez uma cara de descontente – o que aconteceu?!
• Você vai com elas?! Eu estava planejando pra gente passar o dia juntos.
• Passar o dia juntos?! Você mal olhou na minha cara desde a hora que você acordou.
• Angel, você já deveria saber que eu acordo de mal-humor – Nick foi até ela e a abraçou. Ele odiava que ela saísse com as amigas. Só de pensar nos caras que passavam e a olhavam ele já sentia raiva. Angel era linda, tinha longos cabelos castanhos, os olhos mais brilhantes que ele já tinha visto, o sorriso dela era capaz de fazer até a pessoa mais triste do Mundo sorrir, e o riso dela era contagiante, sem falar no corpo, as pernas grossas, um corpo maravilhoso, proporcional a sua beleza interior. Ela chamava a atenção aonde quer que fosse, desde o McDonald’s, os dois adoravam comer aqueles lanches juntos, até as festas restritas que eles costumavam freqüentar por causa do trabalho dele.
• É eu sei, mas então por que você não vem com a gente!?
• Não queria atrapalhar.
• Você não atrapalha, eu ligo e falo para elas levarem os namorados também.
• Não acho uma boa idéia. – ele disse beijando-a
• E o que seria uma boa idéia?
• A gente ir ao parque, depois passar na casa do Mike, e irmos todos comer um McDonald’s! – Nick sorriu
• Não acho uma boa idéia chamarmos o Mike!
• Mas minha irmã vai junto, e também a Katie! – Angel se soltou de Nick
• Nick, você falou que a gente ia passar juntos!
• Então!
• Achei que fosse só eu e você!
• Se você quiser. – ele abaixou a cabeça. Ela respirou fundo.
• Eu quero Nick! faz tempo que a gente não fica junto. Só eu e você. – ela o abraçou
• Tudo bem. – ele passou a mão no cabelo.
• Então vai se trocar! Já são quase uma hora.
• Ok. – Nick se trocou e eles saíram.

...Durante todo o dia ele recebeu inúmeras ligações de todos os amigos, e ele ficava algum tempo no telefone. Angel ficou meio chateada, mas não queria magoar Nick.
• O que você tem?! – ele perguntou para ela quando eles chegaram em casa
• Nada.
• Você tem alguma coisa! Me fala!
• Os seus amigos não pararam de ligar um minuto. Você nem me deu atenção. – ela abaixou a cabeça
• Angel, você sabe que eles são meus amigos, não posso deixar eles assim.
• É, eu sei.
• Que bom! – ele sorriu e a beijou.

                          

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                                           Capítulo 02        

Nick continuara lá, sentado, vendo-a cantar, uns amigos descobriram que ela havia escrito a música, por isso ele não conseguia achá-la em lugar algum. Nick lembrava tudo o que ela tinha feito por ele, os amigos que ela deixara, os erros que ela perdoara, inclusive do dia, em que numa tentativa desesperada de receber um pouco mais de carinho dele, ela pediu para ele lhe descrever a mulher perfeita, assim ela poderia, ou pelo menos tentaria ser como a mulher dos sonhos dele. Mal ele sabia que ela era a mulher dos seus sonhos. A única que o fizera feliz, e a única que agora estava fazendo ele sofrer de verdade. Ela continuava cantando a música que ela tinha escrito depois que eles terminaram. Infelizmente aquelas notas cheias de tristezas traziam também a história dos dois.
tell me, who I have to be
to get some reciprocity
no one loves you more than me
and no one ever will
is this just a silly game
that forces you to act this way
forces you to scream my name
then pretend that you can't stay
tell me, who I have to be
to get some reciprocity
See no one loves you more than me
and no one ever will.

Era dia 05 de março, aniversário de namoro de Angel e Nick, eles estavam fazendo dois anos juntos.
• Parabéns amor! – ela acordou toda sorridente, deu um beijo em Nick e colocou a cabeça no peito dele
• Parabéns?! – ele disse a abraçando
• Sim, você não sabe que dia é hoje?!
• 05?
• Sim!
• E...
• Nick... – ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas, estava se recusando a acreditar que ele havia esquecido do dia em que ele fora a casa dela e a levara para a casa dele, pedindo para ela ir viver com ele.
• O que tem hoje?!
• É nosso aniversário de namoro. Só isso. – ela se levantou e foi para a cozinha, ele a seguiu.
• Angel, não acredito que você ta brava!
• Mas eu não tou brava.
• Mentira. – ele a conhecia, e ver ela arrumando a casa, por mais que a casa estivesse arrumada, era um sinal de que algo não estava bem.
• Eu não estou brava.
• Então você ta triste!? – ele se aproximou dela e se abaixou para ver como ela estava.
• Também não. – ela forçou um sorriso.
• Eu te conheço. – ele se levantou.
• Não parece.
• Mas eu te conheço. E você não ta normal. Então pode começar a falar. – ele alterou a voz
• Não grita comigo. Eu não sou surda. – ela olhava para o caderno que estava na mão dela
• ANGEL! – ele tomou o caderno da mão dela e jogou contra a parede – olha pra mim. – ela olhou para ele
• O que eu te fiz pra você me tratar assim?! Eu não sou boa o bastante pra você?! Sim, porque por mais que eu tente te agradar, você nunca ta satisfeito. Já reparou?! Fala o que eu preciso fazer pra te fazer feliz! Eu tou disposta a mudar. – ela continuava em pé na frente dele
• Isso já não ta mais dando certo.
• Eu sei. – ela abaixou a cabeça – Por isso que eu queria mudar. Pra tentar te agradar. Quem sabe você não fica mais feliz?!
• Você não precisa mudar. Eu vou embora.
• Você vai terminar!? – ela começou a chorar
• É o que parece.
• Nick – ela o abraçou – Fica, me fala como você quer que eu seja. Eu posso tentar ser o que você espera. – ela chorava e passava as mãos no rosto dele
• Angel... – ele a abraçou e deu um beijo na testa dela. Aquelas brigas acabavam com ela e com ele. O namoro dos dois não era mais saudável. Porém ele ainda a amava.
• Não Nick, você não vai embora. Eu te amo tanto, não queria que terminasse. – ele a soltou e foi para o quarto. Ela o via pegar a mala e as roupas, ele ainda estava do jeito que havia acordado. E ela chorava, vendo-o ir embora. Não entendia como o amor que eles sentiam um pelo outro poderia acabar daquele jeito. Lembrava-se de como tudo era perfeito no começo, e de como tudo havia virado um caos com o tempo. Algo não estava dando certo. Alguma coisa estava atrapalhando a relação. Seria ela? Será que ela estava cobrando muito dele? Ou seria outra? Será que Nick havia arrumado uma amante? Não, não. Impossível. Ele a regulava tanto que provavelmente não teria tempo para uma amante.
• Angel, sinto muito. – ele a tirou dos pensamentos, fazendo-a esquecer das dúvidas. Agora o mais importante era convencê-lo a ficar. – amanhã eu volto pra pegar o resto. – ele disse vestindo uma calça, uma blusa.
• Nick...
• Angel, me escuta. Não sei se vai me fazer bem ficar aqui.
• Eu posso mudar! Só me diz como você quer que eu seja.
• Amanhã eu volto e pego o resto. – ele disse saindo e fechando a porta. Quando ele fechou aquela porta ele sentiu o seu coração apertado, não entendia por que estava fazendo aquilo, mas o fez. Ele chacoalhou a cabeça tentando esquecer o que tinha se passado, pegou o elevador, desceu até o subsolo, pegou seu carro e foi embora.

Angel via Nick sair, tentou correr atrás dele mas a porta já tinha se fechado, apoiou-se na porta e, chorando, se sentou no chão. Ver Nick sair tinha lhe tirado a vontade de viver. Ele era o grande amor da sua vida, e ela fazia questão de não esconder isso, adorava dizer que tinha achado o grande amor em Nick, que ele a completava e a fazia muito feliz. Ela tinha que fazer algo para tê-lo de volta, mas depois, agora ela só queria chorar e tentar achar o erro que havia sido cometido, para tudo estar acabando daquele jeito.
Nick dirigia rápido o seu carro, pensando em Angel e em como ele a amava. Não queria ter ido embora. Por que aquela idéia estúpida tinha lhe aparecido na cabeça? E por que ele tinha ido embora daquele jeito? Ele queria viver o resto de sua vida com ela. Não imaginava como seria acordar e não vê-la sorrindo. Não ouvir o bom-dia que ela sempre dava para ele, mesmo que na noite passada eles tivessem a pior briga do Mundo, seria terrível. De súbito ele fez o retorno com o carro. Tinha decidido voltar. Dessa vez seria sem brigas. Como costumava ser. Só o fato de poder perdê-la para sempre tinha lhe mudado a cabeça. Ele jamais a deixaria. E jamais deixaria que ela fosse embora.
Angel ainda chorava quando ouviu a campainha tocar. Achou melhor não atender, não queria ninguém a amolando e perguntando por que ela estava chorando daquele jeito.
• Angy, sou eu! Abre a porta! – ouvir a voz de Nick do outro lado da porta fez com que ela se sentisse determinada em tê-lo de volta
• Oi! – ela disse secando as lágrimas que caíam pelo seu rosto
• Eu voltei.
• Vai ficar aqui?
• Pelo menos até a gente mudar de casa, sim! – ele sorriu e a abraçou. Angel se sentiu aliviada de vê-lo ali, parado na porta e sorrindo. Sabia que tudo estava começando de novo. E estava disposta a fazer tudo certo dessa vez. Se fosse possível melhoraria só para fazê-lo feliz. O abraço que ele tinha lhe dado fora o melhor de toda a sua vida. Parecia que Nick queria tê-la dentro de si. Nunca se sentira tão segura perto de um homem como se sentira com Nick. E Nick nunca se sentira tão amado como Angel fazia ele sentir.
• Que bom que você voltou! – ela disse ainda nos braços dele – Não ia saber o que fazer se você fosse de verdade! – ela olhou fundo nos olhos dele – eu te amo tanto.
• Eu também te amo, Angy. E eu te prometo que eu nunca mais vou embora! – ele a beijou e sorrindo passou a mão por seus cabelos.

Sim, Nick era a pessoa mais feliz naquela sala, até mais feliz que Angel, sabia que o amor que ela sentia por ele era verdadeiro. Não era como o das outras garotas com que ele namorara. Todas eram interesseiras, preocupavam-se só com o dinheiro dele. Nada mais. Em grande parte dos seus relacionamentos quem mais se prejudicara fora ele. Agora, que tinha Angel estava completamente feliz. Ele amava e era correspondido. E não só por causa da fama ou do dinheiro, Nick sabia que Angel o amava pelo que ele era. Sabia que ela amava as suas virtudes e os sues defeitos, assim como ele a amava em tudo.